domingo, 10 de maio de 2009

ARQUITETURA PASSADO


O neocolonialismo chegou a Posse na década 60 do século XIX. Apesar de já existir na zona rural expoentes da arquitetura colonial do século XVIII, é na metade do século XIX que encontramos os mais significativos edifícios de Posse. Recentemente parte da zona urbana da cidade foi considerada um patrimônio histórico, onde algumas ruas possuem calçamento de pedras irregulares e outras são asfaltadas. Pela linguagem visual, quando olhamos o mapa notamos que na parte histórica o traçado é geométrico regular, isso nos leva a crer que houve um planejamento formal com o traçado de Posse, diferentemente de Goiás e Pirinópolis, que já existiam. A arquitetura neocolonial como o próprio nome induz trás características coloniais em seus traços, como por exemplo, casas coladas umas as outras, pé-direito baixo, paredes construídas artesanalmente por taipa-de-mão pelos escravos, algumas fachadas são simétricas, outras possuem ritmo, outras mostram um rebuscamento no detalhe da fachada. Mas hoje conseguimos notar essas características tão latentes como encontramos em outros centros históricos coloniais brasileiros? Difícil de responder, afinal várias intervenções foram feitas nessa arquitetura ao longo de sua história existencial. Algumas charmosas janelas de madeira foram trocadas por venezianas basculantes envidraçadas, calçadas foram postas frente às edificações, intervenções estruturais descaracterizaram alguns edifícios. Os telhados foram trocados de cerâmica manual por de cerâmica industrializada. Algumas especulações políticas querem asfaltar esse centro histórico. Se isso ocorrer será o fim do referencial histórico de Posse. Existe ainda o apelo no qual a arquitetura precisa ser restaurada e preservada para que não perca essa identidade cultural.

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