domingo, 10 de maio de 2009

UM BREVE HISTÓRICO


A cidade de Posse é um entremeio cultural, formado por diversas influências culturais sofridas ao longo de sua história. Localiza-se numa zona de encontro e divisa entre a região Nordeste, centro-oeste e Sudeste brasileiro, bem no nordeste do Estado de Goiás. Foi ponto de concentração de emigrantes, primeiramente os nordestinos (Piauí, Pernambuco e Ceará) e baianos, logo por mineiros e paulistas e consecutivamente por gaúchos e catarinenses. Essas referências culturais, que inicialmente eram heterogêneas, ainda não se homogeneizaram e firma-se ainda ali, conflitos na dialética dessas culturas, onde umas se sobrepõem a outras. As culturas, no geral, se somam ou se contrapõem. Na lei natural de Darwin vence o mais forte, e é assim que ocorre em Posse. Quando esses emigrantes chegavam, invadiam e expulsavam os já existentes, etc., foi assim que foi se formando a história de Posse. E acredita-se que essa estabilidade, é devido a falta de conhecimento de seus habitantes do quanto é importante essa riqueza cultural. Apesar de sua riqueza secular (mais de 100 anos), Posse ainda parece não ter aprendido a acumular experiências, e sempre retrocede ao início de sua formação. Além disso, há alguns remanescentes culturais dos negros que habitavam as margens dos rios circundantes e que também influenciaram. Um exemplo disso é a arquitetura colonial que se instaurou ali, esse tipo de habitação é exclusivamente conseqüência da falta de técnica construtiva dos negros (ainda primitiva técnica utilizada por eles como a taipa-de-mão), que acabou dando uma identidade para a cultura arquitetônica colonial no Brasil, e não foi diferente em Posse. Meados do século XIX chegaram a Posse famílias ligadas entre si por parentesco, estes eram brancos, de traços finos, um tanto fidalgos de princípios feudais, trouxeram a Posse sua riqueza e cultura. Posse inicialmente começou sua produção econômica com a criação de gado e de extração diamantes com os nordestinos em aproximadamente 1855. Na década de 60 do mesmo século, Posse sofreu sua primeira grande migração advinda de baianos e nordestinos, que vieram fugindo de uma terrível seca que assolara a região. Antigamente, todas as decisões eram tomadas por um senso comum, havia alguns valores onde todos da cidade tinham que se encaixar. A sociedade era unificada, quando tinha alguma festa importante como o batismo, por exemplo, as mulheres se vestiam com vestidos e os homens e meninos se vestiam de terno. Apesar das limitações físicas, Posse foi uma cidade próspera, e atípica. Hoje, devido aos diversos conflitos entre esses povos emigrantes com os possenses, a cidade fragmentou-se, hierarquizou-se: O Comércio evoluiu, os modos de vestir foram todos alterados, as jóias deram lugar aos piercings, e assim as transformações continuaram e continuam ocorrendo. Hoje Posse pode contar ainda com a cultura do trabalho e da força de vontade de seus habitantes, tendo passado por diversas mudanças (para melhores) em sua infra-estrutura, contando também com novos rumos em sua atividade econômica.

ARQUITETURA PASSADO


O neocolonialismo chegou a Posse na década 60 do século XIX. Apesar de já existir na zona rural expoentes da arquitetura colonial do século XVIII, é na metade do século XIX que encontramos os mais significativos edifícios de Posse. Recentemente parte da zona urbana da cidade foi considerada um patrimônio histórico, onde algumas ruas possuem calçamento de pedras irregulares e outras são asfaltadas. Pela linguagem visual, quando olhamos o mapa notamos que na parte histórica o traçado é geométrico regular, isso nos leva a crer que houve um planejamento formal com o traçado de Posse, diferentemente de Goiás e Pirinópolis, que já existiam. A arquitetura neocolonial como o próprio nome induz trás características coloniais em seus traços, como por exemplo, casas coladas umas as outras, pé-direito baixo, paredes construídas artesanalmente por taipa-de-mão pelos escravos, algumas fachadas são simétricas, outras possuem ritmo, outras mostram um rebuscamento no detalhe da fachada. Mas hoje conseguimos notar essas características tão latentes como encontramos em outros centros históricos coloniais brasileiros? Difícil de responder, afinal várias intervenções foram feitas nessa arquitetura ao longo de sua história existencial. Algumas charmosas janelas de madeira foram trocadas por venezianas basculantes envidraçadas, calçadas foram postas frente às edificações, intervenções estruturais descaracterizaram alguns edifícios. Os telhados foram trocados de cerâmica manual por de cerâmica industrializada. Algumas especulações políticas querem asfaltar esse centro histórico. Se isso ocorrer será o fim do referencial histórico de Posse. Existe ainda o apelo no qual a arquitetura precisa ser restaurada e preservada para que não perca essa identidade cultural.

sábado, 9 de maio de 2009

MON SENHOR JOSÉ ( PADRE ZEZINHO)

Ao lado de muitas outras, foi uma das pessoas que mais lutou pelo município de Posse. Amado e respeitado por todos, sempre fez questão de defender a Educação e a Religião como os melhores meios para fazer com que a comunidade se desenvolvesse em todos os setores. Sempre foi pela verdade e elevou o nome da cidade de Posse por onde quer que fosse.

OS RIOS

O município de Posse tem ainda maravilhosas cachoeiras nos rios Vista Alegre, Bezerra e Prata. Recentemente, foram catalogadas 70 grutas. Dentre elas, destacam-se a gruta do Russão, Ponta de Terra, Serra das Araras, Vereda Olinda, entre outras.
Os principais rios que percorrem o município são os seguintes: Rio da Prata, Rio Água Quente, Buritis, Corrente, Piracanjuba, Extrema e Bezerra

VEGETAÇÃO

Na região arenosa da zona chapadeira, encontram-se nas partes mais áridas, os tabuleiros coberto por uma macega rala, dura, agreste formada de uma vegetação raquítica, como que atestando a deficiência de humus necessário para o vigor e robustez das árvores. Entretanto, nessa região existem veias de terras, onde se notam árvores de grandes portes, como jatobá, a sucupira preta e branca, o vinhático, o jacaré, o jacarandá, o massapé etc. bem assim as frutífera, como o pequi, o puçá, a plantas medicinais como a carobinha, ruibarba, quina. Nas matas, em todo o município, geralmente encontram-se as mesmas variedades de árvores, com o mesmo aspecto, e em grande quantidade, o cedro, a peroba, o jatobá, a aroeira, o jatobá e outros. As floresta encontram-se em extinção devido ao desmatamento indiscriminado.

O CLIMA

O clima de Posse e em geral de toda a zona chapadeira em que está localizada, é ameno, agradável e, sobretudo, muito salubre. A sua altitude corrigiu o inconveniente da latitude, de modo que sua temperatura média é de 20°5'.
A zona paranista, por ser mais baixa e cercada de serras, é, conseqüentemente, menos atingida pela variação e pelos ventos gerais ou alísios. É mais quente e menos salubre.Sua temperatura média é de 26°.

sábado, 2 de maio de 2009

RELIGIÃO

Em 1822, o município de Posse, em termos paroquiais, era subordinada ao julgado da Paróquia de Nossa Senhora de Rosário de Flores.
Em 1855, foi criado o distrito de Posse(resolução, ou lei nº 11, de 24 de novembro), pertencente ao município de São Domingos.
Em 1872(lei ou resolução provincial, nº 485, de 19 de julho), era criado o município de Posse, ou melhor, de Nossa Senhora Santana de Posse, em território desmembrado, portanto, de São Domingos. Mas sua instalação se deu a 20 de agosto de 1874.
Como se vê, o município de Posse é consagrado.
Crenças vão se evoluindo entre os evangélicos, católicos, espíritas e outras. A foto acima mostra a igreja pioneira da cidade, antiga igreja Senhora Santana, que teve sua sede mudada para o novo centro de Posse, a mesma foi substituída por um novo nome Igreja do Divino Espírito Santo.